DEMISSÕES DA ARCELORMITTAL

Como sabemos, 2023 não começou com boas notícias. A ArcelorMittal parou o laminador 1, provocando remanejamento de pessoal para outros setores e demissões. A princípio, fomos surpreendidos com a informação de 37 desligamentos, sendo 12 aposentados em vários setores, demitidos para criação de vagas para recolocação de quem trabalhava no laminador 1.

Embora a empresa ao procurar o sindicato tenha informado que não haveria mais demissões, dias após os primeiros desligamentos, mais funcionários foram demitidos.

O Sindicato recebeu a maioria dos demitidos para realização da rescisão, assegurando que seus direitos sejam respeitados; além disso, estuda medidas judiciais cabíveis para contestar as demissões.

“Mentes tão bem que parece verdade o que você me fala”

O Sindmon-Metal já se reuniu três vezes com as gerências GELAM e GACAT da ArcelorMittal para levar as contínuas reclamações das condições de trabalho nesses setores. Escassez de mão de obra e péssimas condições do ambiente de trabalho e trabalhadores sobrecarregados, sem tempo até mesmo de almoçar, são apenas algumas das reclamações.

Trabalho Ilustrado: uma crítica bem-humorada às empresas contemporâneas e ao mundo do trabalho/Raoni Rocha (org.); ilustrações Thomas Dorigoni – 1. ed. – Belo Horizonte : Ramalhete, 2022. 52 p.

A empresa se dispõe a escutar, mas o que necessitamos são de mudanças, já que as mesmas reclamações continuam chegando, além de não faltarem novas queixas. Mas as informações que chegam, indicam que a situação tem piorado.

Alegando baixa demanda de aço no mercado, a ArcelorMittal suspendeu as operações do TL1 e demitiu funcionários; porém, a pressão por produtividade tem aumentado. Prova disso é que dias atrás um trabalhador foi retirado do TL3 de ambulância. Após horas sob pressão para produzir, o funcionário desmaiou devido à fadiga.

 

 

 

 

 

COM GRAXA E SEM GRAÇA

Ficamos perplexos diante da decisão da empresa de promover cortes nos custos com lavanderia. Segundo fomos informados, a empresa garantirá somente a lavagem de EPI’s, tendo os funcionários que se virar com os uniformes, sujos de uma densa graxa, quase impossível de ser retirada com os produtos domésticos de limpeza.

“EI, VOCÊ AÍ, ME DÁ UM DINHEIRO AÍ”: GRUPO 19 AINDA NÃO FECHA NEGOCIAÇÃO

Trabalhadores e trabalhadoras das empresas do Grupo 19 aprovaram a pauta de reivindicações para a Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023 no começo de outubro. As negociações com o sindicato patronal (Sime) começaram, mas, devido à indisposição para negociar por parte da entidade que representa os patrões, as propostas não foram aprovadas. Sem conseguir dar continuidade às negociações, os funcionários votaram a favor do impasse e dissídio coletivo, em dezembro.

O Ministério Público do Trabalho foi então comunicado pelo Sindmon-Metal para mediar as tratativas. A primeira reunião para mediação está marcada para o dia 2 de março.

À NOITE TODOS OS GATOS SÃO PARDOS

Tem sido frequente a reclamação dos trabalhadores de uma empresa prestadora de serviço de manutenção em relação às péssimas condições de trabalho e clima horrível, com atitudes que até infringem a legislação.

Os trabalhadores que laboram no turno spot de 15h às 01h estão sendo obrigados a fazer hora extra constantemente sem qualquer aviso prévio. Ainda por cima, são coagidos e penalizados caso não possam atender a demanda exigida mesmo com uma justificativa plausível. A forma de punição mais comum adotada por esta empresa tem sido a suspensão de um dia de trabalho que acarreta no corte do cartão de alimentação e também no remunerado (DSR).

Além disso, os trabalhadores tem tido dificuldade de acesso à alimentação e mais ainda para fazer o intervalo de refeição. Nem mesmo o lanche tem sido fornecido devidamente, e quando fornecido é limitado a um pão por funcionário.

Para fechar com chave de ouro, a empresa não está fornecendo adequadamente os EPI’s necessários para a execução das atividades. Inclusive repassando a seus trabalhadores EPI’s já utilizados por outros funcionários que já se desligaram da empresa, EPI’s estes que na maioria das vezes estão sem condições de exercer a sua finalidade.

Reforçamos que a Arcelor é corresponsável por todos os funcionários, sendo eles próprios ou terceiros, e deve zelar pela sua saúde e segurança em primeiro lugar. Uma empresa com essas atitudes “NÃOSERVE” para integrar ao perfil no qual a ArcelorMittal baseia suas diretrizes.

 

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