Eles querem a liberação do trabalho aos domingos e mudar a fórmula de cálculo das horas trabalhadas à noite e mudanças na forma de jornada dos motoristas, dentre outras medidas prejudiciais aos trabalhadores

[Escrito por: Redação CUT]

Ao mesmo tempo em que aumentam as denúncias de empresários ameaçando trabalhadores e trabalhadoras de demissão e redução de investimentos, caso o ex-presidente Lula (PT) vença o segundo turno das eleições no dia 30 de outubro, alguns patrões deixam bastante claro porque querem reeleger o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Se você foi ameaçado, denuncie no site da CUT. Isso é crime eleitoral.

Com a desculpa de apresentar propostas para o desenvolvimento da indústria, empresários bolsonaristas da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) se reuniram com  Bolsonaro, nesta quinta-feira (6) e pediram sem constrangimentos a redução de direitos trabalhistas.

Além dos mais de 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que o ilegítimo Michel Temer (MDB) conseguiu eliminar da lista de direitos conquistados com a sua reforma Trabalhista, os empresários mineiros entregaram a Bolsonaro uma proposta com mais de 90 pontos. Muitos deles são sobre flexibilização, ou seja, afrouxamento dos direitos trabalhistas e da fiscalização exercida sobre as empresas.

Trabalho aos domingos

Os empresários querem, entre outras coisas, a ampliação e flexibilização do trabalho aos domingos e feriados e a redução das obrigações empresariais no pagamento de auxílios maternidade e previdenciários.

Eles também querem:

– diminuir o poder dos auditores fiscais; querem que os Delegados do Trabalho, que costumam ser indicados por políticos locais, apliquem algumas punições às empresas.

– querem mudar a fórmula de cálculo das horas trabalhadas à noite e mudanças na forma de jornada dos motoristas, dentre outras.

– querem mudar a legislação ambiental, tributária e medidas de incentivo econômico, como a manutenção de programas de transferência de renda para a população mais carente.

Apoio da Fiemg

De acordo com reportagem do Hoje em Dia, que publicou as propostas, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, disse em entrevista coletiva na segunda-feira (3) que a entidade não tinha intenção, naquele momento, de debater a campanha presidencial.

Era mentira. Na terça-feira (4), Flávio acompanhou o governador Romeu Zema (Novo) até Brasília, onde o chefe do Executivo mineiro, reeleito em primeiro turno, declarou seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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