Paulo Cayres tem feito reuniões nos sindicatos filiados para discussão da conjuntura político-econômica e de estratégias de luta sindical

[Escrito por: Wir Caetano]

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, entre a secretária de Igualdade Racial da entidade, Christiane Aparecida, e o presidente do Sindmon-Metal, Otacílio das Neves Coelho [Foto: Wir Caetano / Dabliê Texto Imagem]

Aproximação das bases, reflexão sobre a conjuntura político-econômica e discussão de formas de resistência. Foi com esses objetivos que o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CNM/CUT), Paulo Cayres, se reuniu com a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal) nesta terça-feira, 19. A reunião faz parte das visitas que ele tem feito aos sindicatos filiados.

Ele esteve acompanhado da secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT e diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Pouso Alegre (MG), Christiane Aparecida dos Santos; do presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos de Minas Gerais (FEM/CUT), Marco Antônio de Jesus; do ex-diretor do Sindmon-Metal e representante da CUT-Minas, Carlos Magno de Freitas; e do diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem Wilton Gonçalves Lima.

O presidente da CNM/CUT elegeu como primeiro tema de sua fala à diretoria do Sindmon-Metal a Reforma da Previdência que o governo do presidente Jair Bolsonaro pretende aprovar, com corte de direitos e redução de valores de benefícios.

Lembrando que o modelo proposto pelo ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, se inspira no que foi implantado no Chile nos anos 1980, durante a ditadura de Augusto Pinochet, Cayres disse que o sistema chileno, ao estabelecer as exigências para aposentadoria, tomou como parâmetro uma suposta expectativa de vida de 110 anos do povo do país .

O presidente da CNM disse que, para avaliar a expectativa de vida real das pessoas, ele prefere ir ao cemitério. “Olho as lápides, vejo lá: 65 anos, 68…”. “Eu gostaria de me mudar para o Chile para viver 110 anos”, brincou, com humor crítico. A proposta do governo Bolsonaro acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e estabelece idades mínimas de 65 e de 62 anos para homens e mulheres, respectivamente, poderem se aposentar.

Engajamento

Cayres criticou o fim do Ministério do Trabalho e a pulverização de suas funções em diferentes órgãos “Fomos o último país [das Américas] a acabar com a escravidão e querem excluir os direitos”, alfinetou. Ele também não poupou críticas à proposta do governo federal de criação da carteira de trabalho verde e amarela, que descarta direitos conquistados pelas lutas da classe trabalhadora.

A importância de os sindicatos se unirem para lutar contra políticas iniciadas no governo de Michel Temer para destruir as entidades sindicais foi outro tema da pauta de conversas. De modo geral, os sindicalistas presentes à reunião destacaram o desafio de conquistar o engajamento dos jovens que, por desconhecerem as histórias de luta da categoria, não se interessam pela atividade sindical.

Quanto a essa ação junto às bases, principalmente da juventude, o presidente do Sindmon-Metal, Otacílio das Neves Coelho, falou das providências que o sindicato tomou, esta semana, para conseguir que trabalhadores e trabalhadoras respondessem à pesquisa de perfil elaborada para CNM/CUT. A coleta desses dados foi pensada como ferramenta para conhecer mais detalhadamente os metalúrgicos e metalúrgicas e, a partir daí, poder desenvolver políticas de sindicalização, dentre outras.

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Reunião foi realizada na sede do Sindmon-Metal [Foto: Wir Caetano / Dabliê Texto Imagem]

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