Comissão de PLR 2025–2026 toma posse com representantes eleitos e indicados
No início de maio, foi realizada a posse da nova Comissão de PLR 2025–2026 da ArcelorMittal Monlevade. A nova composição conta com representantes eleitos pelos trabalhadores, indicados pela empresa e representantes do sindicato.
O sindicato agradece a todos os trabalhadores e trabalhadoras que participaram do processo eleitoral e confiaram seu voto aos candidatos apoiados pela nossa entidade. Além dos indicados, o sindicato conseguiu, com o apoio da categoria, que outros três diretores fossem eleitos titulares e uma diretora, suplente. Agradecemos ao apoio e confiança de todos. A presença de representantes sindicais na comissão fortalece a defesa dos direitos da categoria.
Reforçamos também que, em breve, acontecerá a eleição da nova CIPA — um espaço essencial para a fiscalização das condições de trabalho e a promoção da saúde e segurança na empresa. O sindicato conta, mais uma vez, com o apoio da categoria para fortalecer essa importante instância de representação dos trabalhadores.
Estacione por sua conta e risco!
Nos últimos dias, mais uma vez, trabalhadores da empresa foram vítimas da insegurança no estacionamento exclusivo para funcionários. Houve o registro de dois furtos de motocicletas e uma tentativa frustrada de levar outro veículo. Infelizmente, essa não é uma situação isolada. Casos como esses têm se repetido ao longo dos anos, sem que a empresa adote medidas efetivas de prevenção ou responsabilização.
O espaço em questão é oferecido pela própria empresa, com uso exclusivo dos empregados, o que configura a responsabilidade dela pela guarda e segurança dos veículos. Apesar disso, não há qualquer tipo de controle de acesso, vigilância ativa ou proteção física do local. Pior: a empresa possui câmeras de segurança, mas se recusa a fornecer as imagens quando solicitadas pelas vítimas, dificultando investigações e favorecendo a impunidade.
A Justiça do Trabalho já reconheceu, em diversas decisões, que o empregador tem responsabilidade objetiva sobre bens furtados em estacionamentos oferecidos a seus trabalhadores, independentemente de haver cobrança ou contrato formal. O simples fato de disponibilizar o espaço, mesmo sem vigilância, cria o dever de garantir segurança mínima.
O Sindicato dos Metalúrgicos repudia esse descaso com os trabalhadores e cobra medidas imediatas:
Implantação de controle de acesso no estacionamento;
Reforço na segurança com vigilância presencial ou monitoramento ativo;
Transparência no fornecimento de imagens de câmeras quando solicitado pelas vítimas;
Responsabilização da empresa por perdas e danos causados por sua omissão.
É inadmissível que os trabalhadores, já expostos aos riscos dentro da fábrica, ainda tenham que lidar com o medo e o prejuízo ao sair do serviço. Segurança também é direito!
Norma ignorada, dignidade ferida: falta de banheiros para terceirizados na Usina
Atenção, ArcelorMittal Monlevade: estamos recebendo diversas denúncias de que empregados de empresas terceirizadas não têm acesso a banheiros nas dependências da usina. Privá-los de um direito básico, previsto em norma regulamentadora, fere a dignidade da pessoa humana, conforme a Constituição Federal. Solicitamos que esse tipo de situação seja imediatamente sanado, com a devida disponibilização de locais adequados para que esses trabalhadores possam atender às suas necessidades básicas.
O COMPLIANCE TÁ A.I
Pedimos encarecidamente a todos que participam de qualquer atividade dentro da usina, empregados diretos e terceiros, para que cumpram seus compromissos com responsabilidade e assiduidade, sem burlar regras e informações, e se por ventura se sentirem coagidos por seus superiores, denunciem, pois o COMPLIANCE TÁ A.I a todo vapor.
Canal de denúncias da ArcelorMittal:
Telefone: 0800-891-4311
Internet: arcelormittal.ethicspoint.com
Canal de denúncias do Sindicato:
Telefone e WhastApp: (31)3851-1222
Fim dos contratos: hora de melhorar… ou de repetir os erros?
Os contratos da ArcelorMittal Monlevade com duas empresas terceirizadas responsáveis por serviços de logística e limpeza estão próximos do fim.
Diante desse cenário, o sindicato reforça sua posição firme em defesa dos direitos dos trabalhadores envolvidos. Mesmo que os funcionários dessas empresas não sejam representados diretamente por nossa base sindical, entendemos que a luta por condições dignas de trabalho é coletiva e deve incluir todos os que atuam nas dependências da usina.
Seja com a renovação dos contratos atuais ou com a contratação de novas prestadoras de serviço, é fundamental que os salários pagos a esses trabalhadores seja digno e as condições de trabalho, segurança e saúde ocupacional sejam revistas e melhoradas.
Estamos atentos e contamos com a mobilização da categoria para seguir lutando por um ambiente de trabalho justo para todos.
Punida por trabalhar, blindado por mandar
Na edição anterior do boletim “Zé Marreta” (n.º 1475), denunciamos a conduta de um gerente da ArcelorMittal Monlevade que, por vários dias, acessou a usina com a credencial de estacionamento vencida, descumprindo normas internas básicas de segurança. Em vez de responder por sua irregularidade, o gerente tentou transferir a responsabilidade para a equipe de vigilância, questionando o trabalho da empresa de vigilância.
O resultado? Uma trabalhadora foi injustamente suspensa por dois dias. E, para agravar ainda mais o absurdo, após a denúncia vir à tona, ela foi demitida. Uma retaliação clara, covarde e inaceitável.
Embora o Sindmon-Metal não represente legalmente os trabalhadores dessa empresa por limitações de base, não nos calamos diante de injustiças. Essa demissão não é apenas uma covardia: é um grave atentado à dignidade, à ética e ao respeito no ambiente de trabalho. É o retrato de uma lógica perversa onde a corda arrebenta sempre para o lado mais fraco.
PEC pelo fim da escala 6X1
Tramita no Congresso Nacional uma proposta de emenda à Constituição que prevê o fim da escala 6×1, sem redução salarial.
A medida propõe alterar o trecho constitucional que trata da jornada de trabalho. Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite jornada de até oito horas diárias e 44 horas semanais, com um dia de folga. A PEC sugere reduzir para oito horas diárias e 36 horas semanais, mantendo o salário integral.
Abaixo-assinado pela Redução da Jornada
A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) iniciou a distribuição no dia 14 de março de um abaixo-assinado nas fábricas da categoria em todo o país, visando coletar milhares de assinaturas para fazer com que o Congresso Nacional dê celeridade às discussões e votações sobre a pauta da Redução da Jornada. Interessados em assinar podem entrar em contato com o Sindmon-Metal.
Por Dentro do Acordo Coletivo
Conforme a Cláusula Sétima do Acordo Coletivo de Trabalho da ArcelorMittal Monlevade, o pagamento de horas extras segue critérios específicos, conforme descrito abaixo:
1. Prorrogação da jornada de trabalho (quando o trabalhador permanece após o término do expediente regular):
– Até 20 horas extras mensais: acréscimo de 60% sobre o valor da hora normal;
– Acima de 20 horas mensais: acréscimo de 100% sobre o valor da hora normal.
2. Convocação para trabalho fora da jornada regular (quando o trabalhador é chamado fora de seu horário habitual):
– Até 10 horas extras mensais: acréscimo de 70% sobre o valor da hora normal;
– Acima de 10 horas mensais: acréscimo de 120% sobre o valor da hora normal.
3. Período de apuração:
Para calcular as horas extras, considera-se como “mês” o período que vai do dia 16 de um mês até o dia 15 do mês seguinte.
O valor da hora extra será baseado no salário do mês em que o pagamento for realizado.
4. Importante:
Essas condições não se aplicam aos empregados de nível técnico, supervisão ou nível superior que atuam no turno administrativo, pois estes estão sujeitos a regras específicas estabelecidas em acordo relativo ao banco de horas.
Em caso de dúvidas ou necessidade de esclarecimentos adicionais, orientamos que os trabalhadores entrem em contato com o Sindicato.