GRUPO 19 | Campanha Salarial 2024/2025: diante do impasse, Sindicato solicita mediação do TRT
As negociações da Campanha Salarial 2024/2025 tiveram início em outubro de 2024, quando o Sindmon-Metal apresentou a pauta de reivindicações construída coletivamente com a categoria. Desde então, foram realizadas diversas rodadas de negociação com o sindicato patronal (SIME), mas o processo segue em andamento e com avanços mínimos.
A postura intransigente do SIME, que até o momento não apresentou propostas concretas que atendam às necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras, tem dificultado o progresso das negociações. Diante desse cenário, em assembleia realizada no dia 28 de fevereiro, os trabalhadores não só recusaram uma nova proposta do SIME, como também optaram pelo pedido de mediação. Em respeito à decisão dos trabalhadores presentes na assembleia e buscando uma saída para o impasse, o Sindmon-Metal protocolou um pedido de mediação junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG), um recurso legítimo previsto na legislação para situações em que as partes não conseguem avançar por conta própria.
No momento, o Sindicato aguarda a convocação oficial do TRT para a realização da audiência de mediação. Essa etapa pode ser fundamental para destravar as negociações, abrir espaço para o diálogo efetivo e garantir que os direitos e interesses da categoria sejam respeitados e atendidos.
Resumo das negociações até aqui:
A pauta de reivindicações foi entregue ao SIME no dia 6 de setembro de 2024.
A primeira reunião aconteceu apenas em 7 de outubro, por decisão do sindicato patronal.
Desde então, os avanços têm sido lentos: o SIME evitou responder às reivindicações da categoria, arrastando o processo.
Foram realizadas seis reuniões sem acordo e duas assembleias, em que os trabalhadores rejeitaram as contrapropostas.
Os departamentos jurídicos do Sindmon-Metal e do SIME passaram a atuar diretamente nas negociações.
Após mais duas novas reuniões, o SIME apresentou uma nova proposta, rejeitada pelos trabalhadores em 28 de fevereiro, durante a terceira assembleia.
Nessa mesma assembleia, os trabalhadores aprovaram o encaminhamento do pedido de mediação ao TRT.
Sindicato apura denúncias de descumprimento da Convenção Coletiva e da CLT em empresas da base
O Sindicato dos Metalúrgicos tem recebido, nos últimos dias, denúncias graves envolvendo empresas de nossa base territorial. As reclamações dizem respeito, principalmente, ao descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com foco nas condições de trabalho oferecidas aos empregados.
Diante dessas denúncias, o Sindicato iniciou um processo de apuração para verificar se as irregularidades apontadas estão presentes em outras empresas da região. Os relatos recebidos revelam um cenário alarmante de descaso com a segurança dos trabalhadores. Em muitos casos, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) não estão sendo fornecidos adequadamente e há falta até mesmo de uniformes.
Além disso, os EPIs, quando fornecidos, muitas vezes não seguem a periodicidade de troca recomendada pelos fabricantes, o que compromete sua eficácia e coloca em risco a saúde e a integridade dos trabalhadores. Outro ponto grave é a ausência de treinamentos específicos sobre o uso correto de cada EPI, o que é obrigatório por lei e essencial para garantir a segurança no ambiente de trabalho.
Há situações em que os trabalhadores utilizam uniformes em péssimas condições, rasgados e impregnados com produtos químicos que não saem com simples lavagens domésticas. A escassez de uniformes obriga os empregados a lavarem as peças diariamente após a jornada de trabalho, torcendo para que sequem a tempo da jornada seguinte. Quando isso não acontece, muitos acabam recorrendo às suas próprias roupas, frequentemente inadequadas para o ambiente laboral.
O Sindicato, após concluir a apuração dos fatos, irá notificar as empresas envolvidas para que cumpram as obrigações previstas na legislação trabalhista e na Convenção Coletiva.
Este informativo também tem o objetivo de servir como um alerta: aos empregadores, sobre a necessidade de cumprir suas responsabilidades legais; e aos trabalhadores, que são a principal fonte de informação do Sindicato. É por meio das denúncias que conseguimos agir com firmeza e buscar melhorias reais nas condições de trabalho.
Se você enfrenta problemas semelhantes, procure o Sindicato. Juntos, podemos lutar por um ambiente de trabalho mais digno, seguro e justo para todos.
Abril Verde: um mês para lembrar que a vida no trabalho também precisa de cuidado
Abril chegou trazendo um recado importante: a vida dos trabalhadores e trabalhadoras importa — e precisa ser protegida. O mês é marcado pela campanha Abril Verde, uma mobilização nacional que chama atenção para a prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
O destaque vai para o dia 28 de abril, quando se celebra o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. É tempo de lembrar, homenagear, mas também de cobrar e agir.
O que o Abril Verde propõe?
A campanha levanta três pilares fundamentais:
✅ Prevenção de Acidentes
✅ Cuidados com a Saúde Física
✅ Atenção à Saúde Mental — sim, adoecimentos mentais também podem ser resultado de condições ruins no trabalho!