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A assembleia realizada este mês para verificar o posicionamento dos trabalhadores e trabalhadoras da ArcelorMittal Monlevade quanto a modelos de tabela de revezamento não deixou dúvidas: 66,4% de 438 votos válidos escolheram o turno de 12 horas, com quatro dias consecutivos de trabalho e outro quatro de folga.
Os comentários que se ouvem junto à categoria é que a jornada longa é compensada pelo “folgão”, muito bem recebido em locais onde esse modelo é praticado, de acordo com depoimentos colhidos por companheiros. Na Usina de Monlevade, esse modelo é adotado na terceirizada Reframax (veja na pág. 2).

O empecilho, segundo a gerência da ArcelorMittal, são consequências jurídicas, porque, no Espírito Santo, onde esse tipo de tabela é utilizado na unidade de Tubarão, o Ministério Público do Trabalho moveu ação contra a siderúrgica, e o processo ainda tramita na Justiça. Os gerentes chegaram a informar, em comunicado interno aos funcionários, que, caso viesse a experimentar essa tabela em Monlevade e se visse condenada pela Justiça do Trabalho, poderia fixar turnos para evitar, por exemplo, multas diárias. E fixação de turnos trabalhadores e trabalhadoras NÃO ACEITAM e cogitam paralisação.

O Sindmon-Metal considera que pode haver outra alternativa: adoção da tabela de 12 horas EM CARÁTER EXPERIMENTAL e, em caso de algum questionamento judicial, suspendê-la imediatamente em vez de fixar turnos.
A categoria tem direito de escolher. Com segurança.

Na quarta-feira (30), às 9 horas, haverá negociação com a empresa, em reunião virtual. Aguardem.

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