Ex-ministro fez resgaste de sua trajetória política e do país ao lançar o livro “Histórias que vivi na história” no Sindmon-Metal

[Escrito por: Wir Caetano]

[Foto: Wir Caetano/Dabliê]
“Toda vez que um justo grita, / um carrasco o vem calar / Quem não presta está vivo / quem é bom, mandam matar”. Esses versos do “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles, que encerram o prefácio de “Histórias que vivi na História” traduzem muito bem o conteúdo do livro. O autor, o ex-deputado e ex-ministro de Direitos Humanos (gestão Lula) Nilmário Miranda lançou a obra na noite desta terça-feira, 6, no Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal). O evento foi organizado pelo diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), sigla ao qual o político é filiado.

Durante o lançamento, Nilmário fez um resgaste da história política do Brasil e destacou que, sempre que uma liderança procurou implantar políticas públicas de caráter popular, as elites do país articularam algum golpe. Ele citou como exemplo Getúlio Vargas, que acabou se suicidando em 1954 após pressões da oposição, o caso de João Goulart, cujas medidas sociais foram interrompidas pela ditadura militar em 1964, e o governo de Dilma Roussef, vítima de impeachment em 2016.

O ex-ministro, de 71 anos, disse ter decidido escrever “Histórias que vivi na história” após o golpe contra a ex-presidenta e a conjuntura de cortes de direitos que se seguiu. Para ele, hoje há uma certeza: “a luta continua”, como se lê no título do último capítulo da obra.

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