Em 28 de dezembro de 2023, foi sancionada a lei municipal Nº 2601/2023, instituindo no Calendário Oficial do Município o “Dia da Luta Operária de João Monlevade”, a ser comemorado anualmente no dia 8 de agosto.

A lei prevê que esse dia “tem a finalidade de preservar, honrar e homenagear os trabalhadores do Município, em especial dos metalúrgicos da antiga “Belgo-Mineira”, pelo histórico episódio que ficou conhecido como ‘Greve de 23 dias’, ocorrido a partir do dia 16 de julho de 1986”.

GREVE DE 1986 – APRESENTAÇÃO

No dia 16 de julho de 1986, a partir das 15 horas, trabalhadores da usina de Monlevade da então Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (atualmente, ArcelorMittal) decidiram paralisar suas atividades, em resposta ao não atendimento a suas reivindicações.

Eles ficaram no interior da siderúrgica até a manhã do dia 08 de agosto, na que seria a mais longa greve de metalúrgicos na cidade até o momento. Foram 23 dias.

Uma verdadeira guerra de informações envolveu os dois lados – patrões e trabalhadores – e tomou conta da imprensa local, com repercussão na mídia nacional.

Um fato muito marcante desse acontecimento foi o apoio do Movimento das Mulheres, que, por iniciativa de esposas de metalúrgicos, como a professora Celeste Semião e Maria Leonides Ramos (Leo, casada com Antônio Ramos, que viria a presidir o Sindicato de 1987 a 1990), montou uma verdadeira cozinha junto às grades da usina, para dar suporte aos companheiros.

O médico Luiz Amaral, que trabalhava para a empresa, prestou assistência de saúde aos grevistas e, em razão disso, acabou demitido.

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Referência e fotos: CEREM – Centro de Referência e Memória do Trabalhador

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