De olho nas horas extras

Está prevista para ocorrer uma parada programada para manutenção na Sinterização, entre os dias 1º e 7 de julho. Em outras ocasiões, houve casos de trabalhadores estendendo significativamente a jornada laboral, chegando até mesmo a 12, 16 ou 20 horas de trabalho.  Frisamos que de nada servem tantos procedimentos de segurança, como análises preliminares de riscos (APR’s), auditorias e checklists, se, na prática os trabalhadores são submetidos a jornadas exaustivas.

 

Em dia de parada, a produção sobrepõe a segurança

A pressão feita pelos gerentes em cima dos trabalhadores da ArcelorMittal Monlevade tem deixado todos saturados. Nos dias de parada programada, os trabalhadores do Alto Forno são obrigados a ficar até mais tarde, largando às 9h, sem nem mesmo serem consultados sobre sua disponibilidade para permanecer após o horário.

Além disso, outra ocorrência rotineira que piora a situação do Alto forno é que constantemente os empregados não almoçam e não fazem hora de descanso.

Trata-se de uma triste realidade, já que o cansaço extremo de uma jornada estressante dentro da usina pode trazer consequências. Recordamos que já houve casos de pessoas acidentadas após jornadas estendidas de trabalho.

“Santo de casa não faz milagre?”

A falta de transparência com que as vagas de trabalho na Aciaria estão sendo preenchidas tem causado incômodo nos funcionários. Nota-se nessa prática uma falta de respeito com os trabalhadores, que se sentem desvalorizados e desinformados sobre as oportunidades de crescimento dentro da empresa.

Funcionários relataram que as vagas internas não estão sendo divulgadas de maneira adequada, e muitas vezes, os cargos são ocupados sem qualquer processo seletivo aberto, o que levanta suspeitas sobre favoritismo e falta de critérios justos. Outra prática comum é a vinda de supervisores de fora. Essa situação tem gerado um clima de insatisfação e desmotivação entre a equipe.

Lanchonete premium

Há muito tempo, os trabalhadores reclamam do horário de atendimento da lanchonete, já que geralmente o estabelecimento não atende aos finais de semana e feriados. Como se não bastasse, a qualidade oferecida é alvo de questionamentos, e frequentemente os trabalhadores não encontram o isotônico, fundamental para a hidratação, especialmente de quem trabalha em ambientes agressivos e expostos ao calor.

Sindmon-Metal recebe aposentados para café da manhã

No dia 21 de junho, o Sindmon-Metal promoveu um café da manhã para os aposentados. Foi um momento especial para reencontrar velhos amigos, conversar e confraternizar.

O próximo encontro já está marcado para o dia 25 de julho, às 09h, no Sindicato.

Aposentadoria especial é debatida no Congresso

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 42/2023 tem como objetivo regulamentar requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários que exercem atividades sob condições especiais que prejudicam a saúde. Essa é uma tentativa de reverter, ainda que parcialmente, a injusta Reforma da Previdência realizada pelo governo anterior, representando perda de direitos para o trabalhador, ao estabelecer as idades mínimas para aposentadoria especial de 55, 58 e 60 anos.

O PLP 42/2023 aborda a redução dessas idades mínimas para a concessão de aposentadoria especial para trabalhadores expostos a agentes químicos, físicos e biológicos nocivos. Atualmente, a proposta está em tramitação e já foi aprovada pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, e agora deve passar pela Comissão da Previdência para nova votação.

Paralelamente a esse projeto, tramita no Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 6309) que busca retirar do texto da lei a idade mínima para a aposentadoria especial, bastando, para tanto, o tempo de trabalho insalubre, independentemente da idade.

É importante que tenhamos consciência da relevância desse debate e que não fiquemos calados diante dessa justa reivindicação!

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