Benefícios? Não. Conquistas!

No mês passado, a ArcelorMittal realizou uma semana de divulgação dos “benefícios” por ela oferecidos aos trabalhadores. Porém, nos chamou a atenção que parte daquilo que foi exposto é, na verdade, fruto de luta e conquista da categoria e outros benefícios já não são como antes. Listamos alguns:

  • Restaurante e retorno de férias: embora muitos trabalhadores desconheçam, em ambos os casos foi necessária luta para conquistá-los, até mesmo com greves e renúncias;
  • Cartão alimentação: os trabalhadores já abriram mão de 5,29% de reajuste salarial para implementação do cartão;
  • Kits Bebê e Escolar: com o passar dos anos, a empresa diminuiu a oferta de produtos oferecidos;
  • ABERTTA Saúde: com o passar dos anos, o serviço perdeu qualidade e existe diferenciação entre chefia e piso de fábrica;
  • Previdência Privada: trabalhadores antigos relatam que as condições eram mais favoráveis, hoje sendo apenas 1% do salário.

Você ainda acredita que são realmente benefícios? Lembre-se mais conquistas só podem ser alcançadas com mobilização e luta!

Democracia?

Após as eleições da CIPA, realizadas em agosto, um supervisor da Aciaria supostamente teria constrangido alguns colegas de trabalho por não terem votado em um candidato específico. Segundo relatos, o supervisor teria pressionado os funcionários, questionando suas escolhas e fazendo comentários que geraram desconforto no ambiente de trabalho. Essa atitude gerou discussões internas sobre a liberdade de voto e a imparcialidade esperada dentro da empresa, levantando preocupações sobre a influência de superiores em decisões que deveriam ser pessoais e livres de coerção.

Santo de casa não faz milagre – Parte II

Meses atrás, havíamos noticiado a falta de transparência com que as vagas de trabalho na Aciaria estão sendo preenchidas. A história se repete: os funcionários do quadro próprio não são valorizados, sendo uma prática comum a contratação de empregados de outras empresas para os cargos de liderança.

Como se pode notar, o descontentamento que frequentemente informamos não é infundado. Isso tem resultado em um aumento significativo de pedidos de desligamento por parte de funcionários que buscam oportunidades em empresas que valorizem seu trabalho.

Uso indevido das câmeras de segurança no trabalho: vigilância ou perseguição?

Trazemos uma questão que tem gerado grande desconforto entre os funcionários: o uso das câmeras para monitoramento do local de trabalho. A denúncia é grave e envolve um coordenador de processo, que estaria utilizando as imagens captadas para punir de maneira arbitrária, gerando um ambiente de medo e tensão.

Funcionários afirmam que a prática tem ultrapassado os limites da supervisão adequada, configurando um verdadeiro abuso de poder. “Estamos sendo monitorados o tempo todo, não para garantir que o processo corra bem, mas para encontrar pequenos deslizes que justifiquem uma advertência”, disse um trabalhador que prefere manter o anonimato por medo de represálias.

De olho nas horas extras

Em janeiro de 2024, os trabalhadores de uma turma do TL2 notaram uma redução significativa nas horas extras recebidas, em comparação aos meses anteriores. A situação, ao ser analisada pelos próprios trabalhadores, revelou que o problema havia começado em novembro de 2023.

Diante disso, o supervisor da equipe foi procurado, e se comprometeu a verificar. Sem solução, o RH foi informado, descobrindo-se, assim, que o supervisor estava apenas justificando as horas. O supervisor foi informado novamente sobre o erro e a correção feita. No entanto, em maio, o supervisor foi transferido de letra e o problema voltou a ocorrer com a nova turma.

Setembro Amarelo: é preciso que seja mais que uma campanha de conscientização

A campanha Setembro Amarelo visa promover o diálogo sobre a prevenção do suicídio, reduzir o estigma sobre saúde mental e oferecer apoio a quem precisa. O suicídio afeta todas as camadas da sociedade, muitas vezes resultando de fatores como doenças mentais não tratadas, solidão e estresse. No ambiente de trabalho, a saúde mental dos empregados é essencial para o sucesso das empresas, exigindo apoio psicológico e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. No Brasil, a atualização da Norma Regulamentadora (NR-1) reforça a importância de medidas para prevenir o adoecimento psicológico e combater o assédio no ambiente corporativo.

Nota

Triste pelo acidente ocorrido na usina em 9 de setembro, o Sindmon-Metal expressa sua solidariedade à vítima, sua família e colegas de trabalho. Manifestamos, ainda, nossa disposição em contribuir tanto para a recuperação do trabalhador quanto para a adoção de medidas que reforcem a segurança no ambiente de trabalho.

By admin

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *