A grama do vizinho já não é mais tão verde
Não é de hoje que a Aciaria é conhecida como um local bom para se trabalhar em comparação com as outras gerências, mas as informações que começam a chegar ao sindicato estão colocando em xeque esta afirmação. Trabalhadores estão insatisfeitos com a diferenciação de salários entre funcionários do mesmo cargo; inclusive há relatos de profissionais recém-promovidos sendo melhor remunerados que o “padrinho” que os treinou, sem qualquer justificativa.
Tem havido reclamações dos funcionários em relação a cobranças excessivas para produzir, sendo que na maioria das vezes não são oferecidas as condições adequadas. A falta de mão de obra, que é um problema geral da planta, tem sobrecarregado os funcionários que por vezes sacrificam seu horário de refeição e intervalos de descanso em prol da produção. E em caso de qualquer questionamento por parte dos funcionários, os mesmos são repreendidos pelos seus superiores, que até mesmo expõem os trabalhadores perante o restante da turma, causando um clima ruim no trabalho.
Um fato preocupante vem ocorrendo, um número expressivo de trabalhadores relata problemas psicológicos e mentais, alguns já diagnosticados e em tratamento, e outros que, apesar de não diagnosticados, apresentam sintomas de estresse, fadiga mental, desgaste emocional, entre outros. Ressaltando que em uma empresa com grau de risco nível 4 e uma área tão agressiva como a Aciaria, é extremamente arriscado que funcionários trabalhem em tais condições, que podem gerar acidentes graves e fatais, como já ocorridos no passado.
Diante de tal cenário se tornou comum trabalhadores pedirem para ser desligados da empresa. Relata-se, inclusive, que há uma espécie de “fila de espera” para o funcionário ser dispensado.
Não deixe para amanhã a hora extra que pode ser compensada hoje
O Acordo do Sistema de Compensação de Jornada (banco de horas) vem sendo desrespeitado em alguns setores da ArcelorMittal Monlevade. Um dos problemas que foram relatados diz respeito à extrapolação de horas extras permitidas. O Acordo prevê o máximo de duas horas extras por dia, não podendo o limite diário de trabalho ultrapassar dez horas. No entanto, há situações em que esse limite não é respeitado.
Por outro lado, vários companheiros manifestam que há funcionários sendo privilegiados quando se trata de solicitar a folga de compensação do banco de horas, o que ocorre quando é de interesse da chefia. O 9º parágrafo do Acordo também é desrespeitado, porque com frequência o trabalhador é informado no final do turno que deve folgar no dia seguinte. O mencionado parágrafo do Acordo prevê que o trabalhador comunique seu respectivo gestor com pelo menos 48 horas de antecedência, chegando a um acordo com o mesmo.
CONQUISTA DE MELHORIA NO BENEFÍCIO
Termo Aditivo ao Acordo Coletivo com Arcelor aumenta licença-maternidade para 180 dias
Foi assinado no último dia 26 de maio um Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho entre Sindicato e ArcelorMittal.
O termo passa a assegurar 180 dias de licença-maternidade, sendo a extensão da licença legal custeada pela empresa. A licença também deve ser concedida às mães que adotarem crianças.
Já a licença-paternidade passa a ser de sete dias úteis da semana civil, sendo também válida para pais que adotarem crianças.
O documento completo pode ser acessado no site: WWW.SINDMONMETAL.COM.BR
“Do leito de saída para o leito hospitalar”
As más condições de trabalho no Gacat são denunciadas com frequência pelo sindicato, mas infelizmente pouco ou nada tem sido feito para solucionar. O cenário é tão crítico que soubemos de vários pedidos de desligamentos de trabalhadores que não suportam as condições do local.
Entre as reclamações mais recorrentes, destacam-se o prejuízo no horário das refeições e a falta de revezamento. Além disso, frequentemente os funcionários são obrigados a fazer hora extra, precisamente por causa da falta de mão de obra no setor.
A situação é tão crítica que se repetem os casos de funcionários que se sentem mal no setor e precisam ser socorridos em ambulância e encaminhados ao hospital.
“Saco vazio não para em pé!”
Na laminação continuam as reclamações de falta de mão de obra. Com isso, os trabalhadores têm tido dificuldades para a realização do necessário revezamento. Tal situação vem acarretando que muitas vezes os funcionários ficam sem as refeições.
Em um fim de semana de maio, houve a intervenção de diretores do Sindmon-Metal para amenizar a situação, tendo o sindicato entrado em contato com a gerência para denunciar os problemas. O sindicato sempre que acionado tenta de forma rápida solucionar tais ocorrências, mas para isso precisamos que as informações cheguem ao nosso conhecimento. Por isso, enfatizamos que os trabalhadores e trabalhadoras podem contar com as redes sociais do Sindmon-Metal não apenas como meio de informações, mas também como canal de denúncias.