Evento integra campanha de entidades ligadas à CUT contra medidas propostas pelo governo Temer

[Escrito por: Wir Caetano – Ass. Comunicação/Sindmon-Metal~]

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O Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal) realiza na próxima terça-feira, dia 21, às 19 horas, em sua sede (na rua Duque de Caxias, 165, bairro José Elói), um debate sobre a proposta de reforma da Previdência do governo de Michel Temer. O evento, aberto ao público, contará com participação da presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, e do economista Frederico Barbosa Melo, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O debate é parte da campanha “Reforma da Previdência – Reaja ou Sua Aposentadoria Acaba Aqui”, lançada em janeiro deste ano pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e conduzida local e regionalmente por sindicatos e federações cutistas de todo o país.

Conforme a CNM/CUT, a campanha “tem o objetivo de desmascarar a mentira da propaganda oficial do governo golpista sobre o assunto, conscientizando os trabalhadores sobre a necessidade de lutar contra a reforma e pressionar os deputados e senadores a votarem contra ela no Congresso Nacional”. Para esse fim, foi produzido um vasto material de divulgação, que envolve cartazes, adesivos, outdoors, busdoor (para ônibus), boletins e áudios.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, do governo Temer, relativa à reforma da Previdência, que aguarda votação no Congresso, estabelece, entre outras medidas, fim da aposentadoria por tempo de contribuição; exigência de idade mínima de 65 anos de idade e 25 anos de contribuição previdenciária para homens mulheres se aposentarem; e tempo mínimo de contribuição de 49 anos para direito ao benefício integral.

Em nota técnica publicada em janeiro, o Dieese avalia que a PEC 287 “coloca em risco a Previdência Social e toda a estrutura de proteção social construída a partir da Constituição de 1988.” A entidade considera que “a fragilização da Previdência Social se articula com o enfraquecimento das políticas públicas voltadas para a população e favorece o aumento da vulnerabilidade social, da pobreza e das desigualdades no país”.

O presidente do Sindmon-Metal, Otacílio das Neves Coelho, diz que as entidades sindicais e movimentos sociais precisam se mobilizar contra o “desmonte de direitos”. “Precisamos reunir forças contra esse ataque à classe trabalhadora, a homens e, principalmente, a mulheres”, completa.

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