[Escrito por: Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG e coordenadora geral do Sint-UTE/MG]
Sobre o anúncio do ilegítimo Michel Temer agora a noite de que “vai excluir servidores estaduais e municipais da reforma da presidência” eu diria que o governo acusou que foi atingido pelas mobilizações em curso em todo o país.
É preciso ler o texto para analisar melhor as suas consequências. Mas valem algumas reflexões, a partir do anúncio feito:
1) dar autonomia para os Estados e Municípios sobre requisitos para aposentadoria pode possibilitar a adoção de regras ainda piores. Basta que cada um lembre como governos estaduais e municipais tratam os servidores atualmente;
2) todos os servidores que são contratos temporários ou de municípios e estados que não tem regime próprio de previdência continuariam na Reforma da PEC 287;
3) Estamos diante de um governo ilegítimo. Mas que não é burro. Ele quer acabar com a Greve Nacional da Educação e depois negociar com Estados e municipais incentivando as Reformas por município e por estado. Aí será cada um por si, fazendo uma luta sem chance de impedir a reforma;
4) É a hora dos ramos e setores que ainda não pararam a suas atividades, pararem. Imaginem mais categoria em greves nacionais!;
5) Em nossas casas e famílias não existem apenas servidores públicos. A luta contra a reforma é luta de classe, não luta de categoria! Você ficará como se for excluído da reforma mas seu filho não?;
6) É importante lembrar que o Governo Ilegítimo do Temer tenta impor aos estados o aumento da contribuição previdenciária, fim de concursos públicos e previdência complementar privada!:
Este é um governo cada vez mais instável e ilegítimo. É hora de intensificarmos a mobilização, aumentarmos a greve e derrotar a PEC 287. Nada nos garante que daqui a pouco não apareça uma outra PEC exclusiva para servidores públicos!