Calendário de mobilizações de rua, de articulação de vários setores e do movimento sindical é construído

Escrito por: CUT/MG

[CUT/Divulgação]
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Em Plenária realizada na tarde de segunda-feira, 1° de agosto, que lotou o auditório da sede da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), dirigentes de sindicatos, federações e confederações CUTistas e dos movimentos sociais definiram as próximas ações contra o golpe em curso no país, em defesa da democracia, dos direitos sociais, trabalhistas.

O economista e assessor do Dieese na Subseção da CUT Minas, Frederico Melo; Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da Direção Executiva Nacional; José Celestino Lourenço, secretário de Cultura da Direção Executiva Nacional participaram da mesa que debateu a conjuntura, a articulação da mobilização durante os jogos olímpicos e o cenário de votações no Congresso Nacional.

A companheira Graça Costa alertou que está enganado quem avalia que o governo golpista iniciará as votações de retirada de direitos e de ataques ao povo somente após a votação do golpe no Senado ou ainda após as eleições municipais.  O governo golpista colocará tudo o que puder em votação o mais rápido possível. Prova disso é que já no primeiro dia após o recesso da Câmara dos Deputados está na pauta de votações do plenário o Projeto de Lei 257/16 que trata da renegociação dos dividas dos Estados com a União e para isso promove graves ataques aos servidores públicos e a qualidade dos serviços públicos.

Graça Costa revelou ainda que para esta semana está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara a PEC 241/16 que limita os gastos em saúde e educação para os próximos 20 anos promovendo mais ataques aos direitos fundamentais da população e desmontando o Estado.

Frederico Melo, ao apresentar o debate sobre conjuntura analisou que o que está em curso no país é o desmonte do Estado, para uma situação que nos retroage a antes da Constituição Federal. O companheiro José Celestino Lourenço (Tino) apresentou a dinâmica proposta para o dia 5 de agosto no Rio de Janeiro, na abertura dos Jogos Olímpicos.

Diante desta conjuntura, os participantes da plenária avaliaram a necessidade de construirmos a greve geral, tendo como eixo a luta contra a retirada de direitos e intensificando o diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras sobre os ataques que estamos sofrendo e o projeto que está sendo imposto ao Brasil por aqueles que perderam nas urnas em 2014.  Sem mobilização e politização da atual conjuntura não conseguiremos construir a resistência e reação necessárias.

Foi construído um calendário de mobilizações de rua, de articulação de vários setores de trabalhadores e de continuidade da articulação do movimento sindical em Minas Gerais. Foi aprovada também a Articulação de um ato estadual em defesa das estatais e dos serviços públicos e participar das mobilizações Fora Temer durante os jogos olímpicos que acontecerão em Belo Horizonte

Calendário de lutas

05/08: Manifestação Fora Temer na abertura dos Jogos Olímpicos, Rio de Janeiro

09/08: Ato Fora Temer em todas as capitais e em todas as cidades que conseguirmos construir atos.

Em Belo Horizonte a concentração será a partir de 17 horas, na Praça Afonso Arinos.

10/08: Reunião com ramos e sindicatos que tem negociação no 2º semestre.

16/08: Plenária estadual dos servidores públicos e ato em defesa dos serviços públicos

23/08: Plenária Movimento sindical

24 e 25/08: Mobilização dos trabalhadores da saúde em Brasília.

11/08: Participação na paralisação e mobilização convocada pela Fasubra

13/09: Participação no Ato dos servidores municipais aposentados de Belo Horizonte. Ato convocado pelo Sindibel

14/09: Início da greve dos trabalhadores dos Correios

Participação

A plenária realizada nesta segunda-feira (1° de agosto) foi a maior que a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) fez no último período. Além de sindicatos CUTistas, contou com a presença de três regionais da Central: Sul, Vale do Aço e Zona da Mata. Contou ainda com a participação da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT), Federação dos/as trabalhadores/as Municipais (FETAM), Fetraf (Federação dos/as Trabalhadores/as da Agricultura Familiar) e movimentos como Luta Popular e Sindical (LPS), Movimento Luta de Classes, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Coletivo UFMG/FAE pela democracia e Associação Sindical Mineral.

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