– Obra faz apanhado crítico de momentos significativos da história da país desde os anos 1960 –
O jornalista, político e militante dos direitos humanos Nilmário Miranda lança na próxima terça-feira (6), às 19 horas, no Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal), o livro de memórias “Histórias que vivi na História”.
A obra (publicada pela Geração Editorial no ano passado) apresenta o testemunho do autor, que sentiu na pele o golpe civil-militar de 1964, a instauração do terror de Estado e lutou pelo restabelecimento da democracia. O relato começa pela formação política em sua terra natal, Teófilo Otoni, passa pelo período em que viveu na clandestinidade e a prisão política, até chegar ao atual panorama do Brasil, com destaque para Minas Gerais.
Nilmário faz um balanço dos avanços e retrocessos das conquistas sociais no Brasil, sobretudo a partir da Constituição de 1988. Destaca a contribuição do Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual é filiado, e de outros partidos de esquerda “na redução das desigualdades e da injustiça”, mas não deixa de reconhecer erros políticos desses grupos, o que, segundo ele, “contribuiu para o golpe parlamentar de 2016” (o impeachment de Dilma Roussef).
O jornalista conta que o processo de escrita da obra foi impulsionado pela conjuntura política a partir do início do mandato do ex-presidente Michel Temer, que ele classifica como “governo ilegítimo” responsável pela “erosão do Estado Democrático de Direito” e “desmanche das conquistas sociais”.
“Decidi escrever Histórias que vivi na História depois do golpe de 2016, que liberou tanta intolerância, violência e ódio. Nossa geração não esperava que fôssemos viver de novo tanto retrocesso. Cada um tem o dever e a obrigação de fazer o que sempre fazemos: lutar, e, não havendo o que fazer, lutar”, escreve Nilmário na introdução do livro.
Ministro dos Direitos Humanos no governo Lula e secretário da mesma pasta em Minas Gerais na gestão do ex-governador Fernando Pimentel, Nilmário dá ao leitor a visão de um Brasil “que muito já caminhou, mas ainda tem um longo percurso a cumprir para se tornar de fato um Estado Democrático em toda a plenitude”.
“Histórias que vivi na história” tem preço de R$ 40,00 e, no lançamento, serão aceitos também cartões de crédito ou débito.
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