Associação que pede reparação de vítimas de empresas na ditadura militar é lançada

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) esteve presente no dia 6 de dezembro no ato de lançamento da Associação de Ativistas por Reparação: Contra a Impunidade das Violações Cometidas Desde a Ditadura (AAPR). O evento ocorreu na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo (SP).

O ato reuniu trabalhadores, juristas, vitimados e familiares, sindicalistas, acadêmicos, pesquisadores, defensores dos direitos humanos, que buscam garantir responsabilização das empresas que foram cúmplices da violência do regime militar no Brasil.

“A CNM/CUT é defensora dos direitos humanos, e tem que ser investigada toda e qualquer instituição ou empresa que tiveram atos que feriram os direitos humanos na ditadura. Elas precisam ser penalizadas por isso, essa é a posição da nossa Confederação. Lutamos para que não haja mais ataques aos direitos humanos e muito menos à democracia”, afirmou o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira.

Uma das empresas acusadas de cometer violações de direitos durante a ditadura, além de apoiar os governos militares, é a antiga Belgo-Mineira

Em junho deste ano foi realizado o lançamento do Informe Público sobre as empresas apontadas como cúmplices da ditadura militar. O documento apresentado inclui uma pesquisa sobre a responsabilidade da Belgo-Mineira no período militar. A pesquisa sobre a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (CSBM) foi coordenada pela historiadora Marina Mesquita Camisasca, que esteve em João Monlevade entrevistando vítimas da ditadura e outras testemunhas. O Informe Público apresentado é o segundo volume e apresenta os casos envolvendo, além da Belgo-Mineira, a Embraer e a antiga Mannesmann (atual Vallourec).

* Com informações de CNM/CUT

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