Não confunda as conquistas dos trabalhadores e do Sindicato com a “generosidade da empresa”

Conquistas do Sindicato Benefícios oferecidos pela Empresa
Restaurante Colônia de Férias (acabou)
Retorno de férias Jogos de Integração (acabou)
Cartão Alimentação Festa de Final de Ano (precarizou e excluiu a presença de familiares)
Prêmio por tempo de serviço Kit Bebê (precarizou)
Dias extras de folga na tabela de revezamento Fornecimento de leite para recém-nascidos (acabou)
Estabilidade de emprego para os trabalhadores em vias de aposentadoria Plano de saúde (diferente de acordo com o nível hierárquico)

 

Estamos habituados ao discurso da empresa sobre as vantagens que ela oferece aos seus trabalhadores. Um belo show, diga-se de passagem, com direito a cartazes coloridos. No entanto, é sempre bom lembrar que nem tudo o que reluz é ouro — ou, nesse caso, nem tudo o que se apresenta como “benefício” é um favor da empresa.

Grande parte do que costuma ser anunciado como benefícios são, na verdade, frutos de muita luta e organização dos trabalhadores, em conjunto com o sindicato.

Além disso, algumas vantagens oferecidas pela empresa foram precarizadas ao longo dos anos. O plano de saúde, por exemplo, é alvo de recorrentes reclamações e o kit bebê já não é o mesmo. E alguns outros direitos, que em algum momento eram diferenciais, simplesmente desapareceram, como a colônia de férias para os filhos dos empregados.

É por isso que precisamos reforçar a importância de nossas conquistas estarem registradas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Mas não adianta o sindicato lutar sozinho. Quando o sindicato convoca os trabalhadores para discutir suas reivindicações, é fundamental que todos compareçam.

Defasagem salarial

Em janeiro de 2025, o Governo Federal reajustou o salário mínimo em 7,5%, ou seja, 2,5% acima da inflação. Nos últimos três anos, foram mais de 8% de aumento real, o que é muito bom para a classe trabalhadora.

A Arcelor vai na contramão dessa prática, já que tem sido comum nas últimas negociações não praticar aumento real, se mantém irredutíveis, mesmo com números favoráveis no setor siderúrgico, como apontado pelo Sindicato durante as negociações. Apesar disso, na unidade da empresa em Contagem os trabalhadores que ganham até R$5 mil tiveram, na última negociação, 1% de aumento real.

Desse jeito, não tem jeito! Ficamos com defasagem salarial!

“Aqui quem manda sou eu!”

Imagem: Canva

“Colaboração, Humildade, Abertura, Foco no Cliente e Empoderamento”, esse é o lema da cultura prezada pela ArcelorMittal. Mas parece que esses adjetivos ainda não chegaram ao conhecimento dos gestores da Sankyu. Determinado chefe vem tratando de forma abusiva os seus empregados, com excesso de ameaças e punições, intimidando e coagindo qualquer forma de ação de sua equipe prestadora de serviços. O pior: a ArcelorMittal Monlevade sabe muito bem desta política autoritária adotada e não faz nada para conter.

Pedimos aos nossos colegas de trabalho utilizarem os canais de denúncias para repreender esse tipo de situação. Lembrando que não é a primeira vez que as atitudes deste gestor são delatadas à nossa diretoria. É hora de dar um basta!

 

INDUCE, para quê?

Temos uma grande ferramenta de segurança que todo empregado (próprio e terceiro) tem na palma das mãos para ser utilizada em seu dia a dia laboral: o INDUCE.

Porém, há alguns vigilantes que não sabem utilizar corretamente essa ferramenta, e atuam cercando funcionários, principalmente de terceiros, e os ameaçando ou até mesmo notificando pela não utilização de protetor auricular. É o que está acontecendo no caminho seguro de acesso próximo ao restaurante que leva os trabalhadores até os laminadores, GACAT e Lingotamento Contínuo.

Constantemente recebemos informações dessas atitudes de vigilantes. E encarecidamente, solicitamos uma melhor conduta na abordagem e orientação quanto ao maior patrimônio da usina, o trabalhador!

Ponte Rolante e Poeira Fixa!

Imagem: Pixabay

Os treinamentos de operação de pontes rolantes e amarração de carga são realizados na Sinterização, um setor da Usina onde há uma forte presença de material particulado. Essa condição gera desconforto significativo nos trabalhadores, que frequentemente expressam insatisfação devido à exposição prolongada a essas condições adversas durante os treinamentos. Os trabalhadores sugerem o uso da ponte do TL1, mas a empresa sempre alega que está em manutenção; porém a ponte encontra-se interditada.

Frisamos que se trata de uma área em que os trabalhadores não recebem adicional de insalubridade, e a empresa tampouco investe em manutenção do sistema de desempoeiramento.

Manutenção Só no Papel: A Fábrica dos Milagres Operacionais

Os trabalhadores da Ala de Saída no GACAT estão enfrentando uma rotina insustentável devido à falta de suporte técnico adequado e à má gestão de prioridades. Relatos apontam que, em função das condições deploráveis dos equipamentos na Aciaria, os trabalhadores do GACAT tiveram diversas atividades adicionais somadas à sua já exaustiva rotina.

Enquanto os técnicos de manutenção e elétrica responsáveis pelos equipamentos não comparecem para solucionar os problemas no momento necessário, os operadores acabam assumindo responsabilidades que não lhes cabem, operando manualmente equipamentos defeituosos e acumulando atrasos em suas atividades.

Essa situação não apenas prolonga o expediente diário — com muitos trabalhadores sendo convocados a realizar horas extras — como também os expõe a riscos significativos e aumenta a pressão psicológica sobre eles. Além disso, atitudes inadequadas e desrespeitosas de alguns gestores da Aciaria para com os operadores da Ala de Saída têm agravado o clima de insatisfação.

O Sindmon-Metal reforça que as condições dos equipamentos da Aciaria têm sido alvo recorrente de reclamações e situações de risco. Exigimos a garantia de condições dignas de trabalho e o alívio imediato da pressão injusta sobre os trabalhadores. É inadmissível que esses profissionais sejam responsabilizados pela falta de investimento e pela ineficiência na manutenção de equipamentos críticos.

Manutenção? Não, melhor um isotônico bem gelado!

As máquinas de corte do Lingotamento Contínuo têm apresentado frequentes problemas, tornando o trabalho mais complicado e exigindo ainda mais esforço dos empregados. Uma cena cada vez mais comum na área tem sido a de funcionários precisando sair da cabine de operação das máquinas oxicorte e realizar o corte manual de tarugos, usando o maçarico de emergência e se expondo a muito calor. Embora a empresa, após cobranças, esteja fornecendo o isotônico, destacamos que isso não resolve o problema, sendo imprescindível a manutenção adequada dos equipamentos.

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