“Supervisão Permite, Gestão Ignora, Trabalhador Paga”
“A segurança que atrasa, a produção que avança e o trabalhador que dança”
No mês de novembro, um trabalhador do TL3 foi demitido de forma no mínimo arbitrária, para não dizer injusta, por suposto descumprimento de uma regra de ouro da empresa. O contexto da demissão é revoltante, perante os olhos de vários companheiros de trabalho do mesmo e aos nossos do Sindicato.
Ao realizar uma atividade de rotina na laminação, por um erro de comando na cabine, as tampas do LCC foram fechadas enquanto um trabalhador atuava abaixo delas. Acontece que esta atividade era alvo constante de reclamações dos trabalhadores que já haviam feito inclusive diversos “Direitos de Recusa” sem nenhum retorno. A princípio, o equipamento ficava consignado (tampas bloqueadas) e para atuar era necessário solicitar a “desconsignição”, porém, devido ao fato de que este procedimento estaria atrasando a produção, as tampas estavam ficando “desconsignadas” em tempo integral e o fechamento ou abertura delas só dependia de um aperto de botão na cabine. Este acionamento, até certo tempo atrás, era realizado na área, em um painel próximo às tampas, que foi movido para a cabine com o aval da engenharia e da gerência para agilizar o processo sem considerar o prejuízo à segurança. Na cabine, o operador não tem visão clara do processo e dependia da comunicação via rádio para saber o momento certo de fechar ou abrir as tampas, o que claramente se tornou mais suscetível ao erro de operação como o ocorrido na ocasião.
Agora vamos ao mais intrigante, segundo o PSIF da ocorrência, o trabalhador demitido estava atuando debaixo das tampas no momento, o que é uma inverdade, pois segundo a própria filmagem e o relato de todos os companheiros de trabalho dele que ouvimos e o seu próprio relato, não era ele quem estava debaixo das tampas. E mesmo que fosse, o pobre coitado do trabalhador estava realizando uma atividade assim como todos os demais de todas as turmas realizavam há meses com o aval dos supervisores e gestores. Foram feitos diversos relatos e “Direitos de Recusa” como ditos anteriormente e NENHUMA providência foi tomada para tornar a condição mais segura. Mas como estamos acostumados, na usina e principalmente no TL3, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.
No dia 03/12 (dia em que foi divulgado o PSIF), o Sindicato se reuniu com a empresa e repassamos todas as informações que coletamos a fim de esclarecer a ocorrência. E até a presente data estamos aguardando um parecer do departamento de Recursos Humanos.
Defendemos um ambiente de trabalho justo e de relação transparente entre empresa e trabalhadores.
Onde minha família não é bem-vinda eu não devo ir
Esta matéria já foi publicada em dezembro do ano passado, mas pelo visto nada mudou
Mais uma vez, a Arcelor mostra a importância que tem seus empregados. A pérola da vez foi a proibição dos funcionários levarem seus familiares na festa de final de ano. A empresa pede para os trabalhadores lembrarem de sua família quando forem trabalhar e simplesmente os obriga a esquecer dela depois de um ano, dando seu melhor pelo desenvolvimento da empresa, lembrando que os empregados suportam as péssimas condições de trabalho justamente pela família.
O fim da linha: desligamentos em alta, esperança em baixa
Continuam os desligamentos na Arcelor Mittal Monlevade. De norte a sul da empresa, é grande o descontentamento.
No Alto Forno, os trabalhadores estão desmotivados, sendo comum a reclamação de que são muitas as cobranças e pouco o retorno. Além disso, com os desligamentos frequentes, tem faltado mão de obra, sobrecarregando ainda mais quem continua no setor.
Império da gambiarra
Uma situação inusitada vem ocorrendo no Lingotamento Contínuo, na Aciaria. O carro de aço do distribuidor tem sido operado sem freio, o que dificulta o posicionamento sobre os moldes. Como “solução alternativa”, os trabalhadores têm calçado o carro usando um cabo de vassoura. Até quando situações como essa continuarão ocorrendo? Destacamos que, em caso de emergência que exija a retirada do carro, não apenas o equipamento estará em risco, mas, principalmente, a segurança do operador estará comprometida.
Fechada de novo? A cantina parece estar em turno reduzido, assim como os lanches
Outra vez, trazemos reclamações sobre o funcionamento da lanchonete. Recentemente, a equipe do turno das 15h às 23h precisou solicitar lanches por volta das 19h e, para surpresa e frustração dos trabalhadores, a cantina estava fechada. Essa situação tem se repetido com frequência, gerando insatisfação e inúmeras queixas. Até quando esse problema persistirá sem solução?
Quando o Direito de Recusa vira um passe livre para a ameaça
“O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde, informando imediatamente ao seu superior hierárquico”. Esse texto, retirado da NR 01, no parágrafo 1º, tem sido descumprido em uma terceirizada. Isso porque, um chefe da Sankyu tem impedido os trabalhadores de manifestarem seu direito de recusa diante de atividades perigosas, por meio de ameaças, inclusive de demissão.
Se já não bastasse a condição insegura à qual o trabalhador é submetido, ele ainda tem que suportar a pressão e o medo de perder o emprego. Até quando?
Ainda nessa empresa, há reclamações de que não são distribuídos uniformes decentes, sendo uma prática comum a higienização no lugar da compra de novos uniformes.
Mais uma vez, exigimos respeito e dignidade com aqueles que são os responsáveis por gerar fortuna para as empresas.
Desvio de função e corte de benefícios: a nova receita para desmotivação
Funcionários de uma empresa de limpeza têm relatado condições precárias de trabalho e solicitam melhorias urgentes. Entre as principais reclamações estão:
- Pessoas presentes apenas para notificar problemas;
- Desvio de função em diversos setores da usina;
- Perda total ou parcial do ticket-alimentação, o que leva trabalhadores a comparecerem sem condições adequadas;
- Não pagamento de insalubridade, mesmo em áreas extremamente agressivas;
- Equipe desmotivada e insatisfeita.
O ambiente de trabalho é descrito como extremamente negativo, e os trabalhadores temem que, sem medidas corretivas, a situação possa se agravar ainda mais. Esperamos que providências sejam tomadas quanto antes para garantir melhores condições a todos.