Em Belo Horizonte, atos aconteceram no bairro Lagoinha; em nossa região, o evento foi realizado na cidade de Itabira
Ascom Sindmon-Metal, com informações de CUT-MG
O Grito das Excluídas e Excluídos chegou este ano à sua 28º edição. Tradicionalmente realizado no Dia da Independência, o ato teve como tema principal “Vida em primeiro lugar”. Mas, neste ano, acrescido da pergunta: “Independência para quem?”.
Em Belo Horizonte, o protesto realizado no bairro Lagoinha uniu religiosos e membros de pastorais, movimentos sindicais, sociais, populares, baterias dos blocos Sou Vermelho, Leão da Lagoinha e Afoxé Bandarerê e o grupo folclórico Cavalo Marinho. Antes da marcha, um grupo de mulheres indígenas fez uma mística, na abertura da atividade, na Praça Vaz de Mello.
Em nossa região, o evento, historicamente organizado pela Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, é realizado com a presença de agentes das pastorais, movimentos e serviços, além de militantes dos movimentos sociais e entidades sindicais. Este ano, o Grito das Excluídas e Excluídos foi realizado no dia 6 de setembro na cidade de Itabira.
Por meio de carta publicada dias antes, a Coordenação Diocesana de Pastoral ressaltou que “é urgente que nos unamos e nos fortaleçamos, diante do quadro de exclusão ampliado pela pandemia, precarização da vida e do trabalho, milhões de pessoas desempregadas e graves ataques do governo federal à democracia garantida pela Constituição Federal de 1988”.
Ainda no texto, outros graves problemas que causam exclusão de pessoas e grupos na sociedade foram abordados: “A exclusão se dissemina, através de mentiras e fake news nas redes sociais, através de discursos de ódio, de racismo e machismo, de discursos armamentistas, carregados de preconceito contra as diferenças e principalmente contra os mais pobres”.
O Grito das Excluídas e Excluídos é fruto da Campanha da Fraternidade e da Semana Social Brasileira de 1992, eventos realizados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e permanece como espaço de formação social e de clamor por justiça.
Imagem: divulgação