[Por: Wir Caetano]
O 2º Festival Unificado da Consciência Negra, organizado por diversas entidades de João Monlevade, terá mais um evento na próxima sexta-feira (10). Em live às 10h30, a professora nigeriana Adama Njoku fala de tradições culturais de seu país. A transmissão será pela página do Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal) no Facebook – https://www.facebook.com/sindmonmetal.
Direto da cidade Owerri, capital do estado de Imo, na Nigéria, ela conversa com a cantora monlevadense Míriam Alcântara e a estudante universitária e militante negra Ramínie Moreira, do coletivo Salve Pretitude.
Adama morou por volta de 15 anos, até 2013, em São Paulo (SP), onde se tornou amiga de Míriam, quando a integrante do Coral Família Alcântara (formado por descendentes de quilombolas de Rio Piracicaba (MG) e com renome internacional) também vivia na capital paulista.
A “live” foi inicialmente agendada para o último dia 4, mas problemas pessoais de uma das mediadoras inviabilizaram a realização naquela data.
Eventos
O Festival Unificado da Consciência Negra, criado em 2019, este ano tem como tema “Tecnologias Negras, Territórios Múltiplos” e homenageia postumamente o músico paulista Itamar Assumpção (1949-2003) e Nilza Roberto (1932-2016), irmã mais velha de Neide Roberto e tia do cantor e compositor Rômulo Rás.
A abertura oficial foi em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, com show da dupla Dandá, único evento presencial da programação, em razão da pandemia da Covid-19.
Três lives já foram realizadas, houve divulgação de vídeos pré-gravados e, no último dia 1º, foi aberta a mostra fotográfica virtual “Coroação – Guardas de Congado de Rio Piracicaba, de Sérgio Henrique Braga.
A princípio, o encerramento estava previsto para o dia 19 de dezembro, mas alguns eventos serão reprogramados para janeiro de 2021.
União
O Festival Unificado da Consciência Negra é uma realização da Associação Cultural de João Monlevade (Congado São João Evangelista), Associação Cultural Navio Negreiro (Anan), Associação Monlevadense de Afrodescendentes (Amad), Pastoral Afro Montfortina, Projeto Saberes Urbanos (professores e alunos da Uemg – Universidade do Estado de Minas Gerais), Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (Sindmon-Metal) e dos produtores culturais Andrea Abade (da Gata na Tuba Cultural) e Wir Caetano (da Dabliê Texto Imagem e da FAMA – fábrica monlevade de artes). Conta ainda com os parceiros Salve Pretitude e Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da Ufop e apoio do blog Nota Preta.
Ao ser idealizado, no ano passado, o objetivo principal foi dar mais visibilidade a ações que eram realizadas de forma isolada por entidades. Essa articulação é entendida pelos organizadores como fundamental para celebrar o Mês da Consciência Negra e combater o racismo no país.
Informações sobre os eventos podem ser encontradas no blog do festival ou no Instagram.