Carlos Henrique Silva (“Frangão”) foi dispensado em janeiro apesar de ter estabilidade de cipista até julho deste ano
[Escrito por: Wir Caetano – Assessor de Comunicação do Sindmon-Metal]
Demitido pela ArcelorMittal no dia 24 de janeiro deste ano, um dia após registrar sua candidatura a dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (SindmonMetal), Carlos Henrique Silva, 34 anos, foi reintegrado ao quadro de pessoal da empresa nesta sexta-feira (31/3). A reintegração foi determinada pela juíza Marisa Felisberto Pereira, da 1ª Vara do Trabalho de João Monlevade, dando ganho de causa ao Sindmon-Metal em processo contra a siderúrgica.
No despacho, a juíza destacou o fato de Silva (conhecido entre os colegas como “Frangão”) ter sido dispensado pela ArcelorMittal, sem justa causa, na mesma data em que ele comunicou à empresa ter se registrado na chapa única para a eleição sindical deste ano, realizada em março.
Ela considerou também que o metalúrgico foi membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Usina de Monlevade até 31 de julho de 2015 e, conforme prevê a legislação, tem estabilidade no emprego até julho de 2017.
“Frangão”, que trabalha há 8 anos na ArcelorMittal, disse que sua reintegração é uma vitória do Sindmon-Metal e do sindicalismo e deve servir de exemplo para jovens que querem se engajar na luta sindical, mas sofrem pressões de chefias e do patronato. Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Otacílio das Neves Coelho, disse que a entidade não se intimida diante de práticas antissindicais e nem admite “desrespeito a direitos dos trabalhadores”.
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